Ousei inovar em minhas publicações neste blog com uma entrevista com o Companheiro Progressista JOSÉ ROBERTO MENDES DO AMARAL, o nosso Zé Roberto do Sindicato dos Bancários de Alagoas, 63 anos, casado, pai de 04 filhas e avô de 03 netos(as), aposentado, como eu, do Banco do Brasil, militante social desde 1976, portanto, 44 anos de atuação, inclusive, já foi dirigente do PCdoB, por isso essa química com as forças progressistas, ao final dessa entrevista apresentarei um histórico mais detalhado de sua atuação social e política.
E N T R E V I S T A
Zé Roberto |
Paulo Petuba - Como aflorou esse modelo de candidatura Coletiva, a TODOS, se partiu de Você, dos colegas mais próximos, ou se foi uma determinação e/ou construção partidária?
Zé Roberto - O modelo de candidatura coletiva já vem sendo experimentado
no Brasil há alguns anos. Uma experiência que ganhou nossos corações que ardem
em busca de mais transparência e democracia nos mandatos parlamentares.
Paulo Petuba - Houve resistências internas, boicotes,
surpresas, apoio integral ou condicionado?
Zé Roberto - Não houve resistências internas. Inclusive, no PT, houve mais
uma candidatura coletiva, além da nossa. Não tivemos boicote. Transcorreu tudo
de forma muito natural.
Paulo Petuba - Entre o seu Formato Apresentado e o
Efetivamente Realizado, houve grandes ajustes, e dentro do mesmo intento, a
lista original de convidados para a composição, se houve, e, caso havido,
ocorreram recusas, trocas e substituições de nomes?
Zé Roberto - A lista foi montada a parti de debates entre os integrantes
que decidiram por realizar uma candidatura coletiva. A partir daí, realizamos
diálogo com algumas pessoas e esse processo foi um pouco demorado. Queríamos
deixar tudo muito claro entre os integrantes, sobre as condições do exercício
do mandato. Chagamos a ter formação inicial que depois foi alterado, mas sem
crises.
Paulo Petuba - No geral, o Processo Conclusivo se deu
dentro das polêmicas normais de um Processo de Construção de Chapa Proporcional
e como foi o Entendimento, Aceitação e Convivência com as demais Chapas
Individuais Apresentadas?
Zé Roberto - A convivência com as demais candidaturas foi muito normal,
fraterna e democrática. Como se fosse uma candidatura individual mesmo. Não
houve problemas entre as candidaturas petistas.
Paulo Petuba - Superada esses passos iniciais, como
se desenrolou e transcorreu a Campanha em si e se as Expectativas de Engajamento,
Distribuição de Responsabilidades, Assunção de Encargos e Tarefas entre os Integrantes
ocorreram conforme Planejamento e Acordado? A Sociedade, especial, o Eleitorado,
Aceitou e Compreendeu a sua Proposta Coletiva, inclusive, com apoio financeiros
e/ou logísticos?
Zé Roberto - As quatro pessoas integrantes da candidatura atuaram
exatamente como foi planejado. Tivemos reuniões preparatórias de planejamento
onde todas as tarefas foram organizadas. Tivermos atribuições individuais e
outras coletivas. O eleitorado reagiu bem à essa proposta. O desafio maior era
poder chegar à maior quantidade de pessoas possíveis, apresentando e explicando
esse novo formato de organização parlamentar. Essa foi a maior dificuldade.
Acreditamos que, a partir de próximas eleições, as pessoas estarão mais bem
informadas sobre esse modelo e isso, certamente facilitará a adesão do
eleitorado. As dificuldades financeiras não foram diferentes das existentes nas
candidaturas individuais.
Zé Roberto - Já participei de candidaturas individuais minhas e foram bem
diferentes dessa. Como o eleitorado está acostumado com o formato do NOME E
NÚMERO, ficava mais fácil apresentar a candidatura. Nesta, a dificuldade de
explicar o novo modelo, considerando estarmos em Pandemia, e sem realizar
reuniões presenciais, dificultou muito a propaganda da candidatura. Sabíamos
que enfrentaríamos essa dificuldade, mas ter a ousadia de apresentar o projeto
com todas as dificuldades da conjuntura, foi gratificante.
Paulo Petuba - Como Vocês absorveram o não
atingimento do Coeficiente Eleitoral igual outros partidos parceiros de luta,
como o PCdoB mesmo, que ficou na cola, teria o PT local hesitado e ainda mais a
derrota interna com a vitória nas sobras para um candidato solitário e ao meu
entender, desconhecido na luta? Você tentará mais uma vez, tal modelo de
candidatura, encabeçando, participando, ou apenas, Apoiando?
Zé Roberto - Temos em Maceió um eleitorado progressista reduzido. É uma
característica de nossa cidade. Nesta eleição, sem a possibilidade de
coligações proporcionais, todos os partidos tiveram de lançar suas chapas
próprias e isso mais que dobrou a quantidade de candidatos concorrendo.
Juntando isso, com um tamanho ainda insuficiente para eleger variadas
candidaturas progressistas, vimos uma divisão grande de votos, levando a muitos
nomes formidáveis ficando de fora da vitória eleitoral. O Dr. Valmir, eleito
pelo PT, é realmente meio desconhecido do conjunto da militância social de
Maceió, mas tem um trabalho social desde o movimento estudantil junto às bases
que, somadas à sua atuação como médico, resultou no apoio conquistado. Temos
orgulho de ter podido contribuir de forma decisiva, através de nossa votação,
para a eleição dele. Sobre possibilidades de candidaturas futuras, não
trabalhamos com essa possibilidade agora. O fundamental é construir as bases de
mobilização para derrotar Bolsonaro e sua política criminosa e anti-povo. A
tarefa de cada militante nas eleições futuras, debateremos ao longo do tempo.
Sou um soldado das lutas sociais há 45 anos e sempre me colocando à disposição
das lutas.
Paulo Petuba - Por fim, Deixei de Tratar de alguma
situação, assunto ou detalhe que considere, relevante e esclarecedor,
relacionado; se Sim, fique à vontade.
Zé Roberto - Acredito que abordou de forma ampla as questões de uma candidatura coletiva. Foi um desafio grande que aceitei liderar e não me arrependo. Tudo faz parte do acumulo de experiências políticas que ajudam a avançar a luta popular. Fazer parte deste projeto significa um ponto alto de meu currículo político.
Paulo Petuba Agradecido e muito honrado com a presteza e a sinceridade com amigo Zé Roberto em nos atender nessa entrevista que respondeu na totalidade de nossas indagações sem o menor retoque ou reticências, passamos agora no final um breve histórico de sua militância.
Breve Histórico:
Iniciou militância social nas Comunidades Eclesiais de Base da Igreja Católica.
Aos 18 anos de idade vendia o jornal Tribuna Operária em feiras populares na cidade de Maceió.
Depois disso, ingressou no Movimento Comunitário, tendo fundado a Associação de Moradores do Cj Eustáquio de Melo e militou na Federação de Associações de Moradores do Tabuleiro dos Martins (AMOTAM).
Já na década de 80, ingressou no Movimento Sindical Bancário, onde ficou por 20 anos. A partir daí, ampliou sua atuação em nível nacional especializando-se cada vez mais na expertise negocial.
Atuou, ao longo desses anos em diversas Entidades/Organizações:
• JUVIN – Juventude Integrada da Igreja Católica
• Fundador e 1º Presidente da Associação de Moradores do Cj Eustáquio Gomes de Melo
• Federação de Associações de Moradores do Tabuleiro
• Sindicato dos Bancários de Alagoas
• Federação dos Bancários de AL/PE/RN
• Executiva Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil
• Secretário de Estado de Cidadania e Direitos Humanos
• Membro do Conselho Estadual de Segurança
• Conselheiro Deliberativo Eleito da PREVI, Fundo de Pensão dos Funcionários do Banco do Brasil,
• Presidente do Complexo Turístico Costa do Sauípe na Bahia (4 anos)
• Conselheiro Deliberativo da CASSI – Assistência Médica dos Funcionários do BB
• Gerente Executivo na Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil
• Negociador Nacional do Banco do Brasil
• Coletivo Maceió
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